A adolescência é uma fase em que uma questão é emergente para o sujeito: "Quem eu  sou?" Sendo um período determinante, de construção de sua subjetividade e sua identidade. As dificuldades para reconhecimento de seu lugar e como ele se percebe no mundo, fazem surgir disfunções, ou conflitos, entre o jovem e os valores e comportamentos estabelecidos pela sociedade a que ele deve aderir para completar a sua integração ao mundo adulto, por inúmeros motivos. A Gestalt terapia, ressalta que uma das principais formas de crescimento e reconhecimento de seu lugar,  se dá por meio da ampliação da consciência (awareness), no sentido de que o adolescente consiga aceitar e assumir a responsabilidade por suas próprias escolhas, acreditando em si mesmo. A psicoterapia com adolescentes deve ser orientada para as temáticas específicas trazidas por esse público, identificando e explorando  o que emerge no contato, sendo o dito ou o não dito. O adolescente,  vive o presente, o problema imediato, por isso a terapia terá mais êxito se focalizar o aqui e agora do processo terapêutico e da vida atual do adolescente, voltando-se para a tomada de consciência e ampliação de possibilidades dentro da realidade do adolescente. 

A vida adulta é uma fase repleta de surpresas, conquistas, conflitos e dificuldades. Na psicoterapia para adultos, o  atendimento é conduzido por um psicoterapeuta que auxilia na busca pelo autoconhecimento e a lidar com dificuldades no âmbito pessoal, profissional, conjugal ou familiar.  Um dos objetivos centrais desta abordagem é ampliar a consciência da pessoa sobre sua forma de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o mundo à sua volta, buscando em um trabalho conjunto, terapeuta/cliente, um caminho de maior autonomia e independência, baseando-se no autossuporte, buscando ampliar os recursos internos do sujeito. A Gestalt terapia olha o sujeito na sua totalidade, todos os fatos da sua vida são importantes para identificar as questões presentes nos conflitos atuais. As experiências do passado podem ser retomadas, mas o objetivo será explorar o que fez com que essa memória em particular tenha aparecido e compreender como o passado influenciou a personalidade do indivíduo hoje em dia.

Nos relacionamentos, histórias diferentes se misturam, e surge então uma nova totalidade, um novo fluir de comunicação. Esse é o primeiro sinal de criação na vida em comum. As pessoas que se escolhem passam a funcionar num estilo diferente, com linguagem própria, andando lado a lado. Os limites pessoais são atualizados, numa aliança que se faz fértil e desafiadora. Personalidades diferentes, com diferentes habilidades para viver e ver o mundo, unem-se para construir algo maior, e assim vão compor uma nova forma, a relação da con­ju­ga­lidade.  É uma entrega ao nós, o que não quer dizer perder fronteiras pessoais. Cada um tem seu limite, seu espaço, sua individualidade. Na terapia, o casal, dialoga entre si e não conosco, os terapeutas, e as intervenções são baseadas nos dados vistos na sessão à nossa frente e a terapia pode ajudar o casal a aprender, a viver em meio aos conflitos e crises e a usar a criatividade para resolver problemas e crescer como casais e pessoas.